As medidas previstas em 2004 para reduzir os gases de efeito de estufa estão quase todas com muito atraso, reconhece o documento do
PNAC 2006, publicado em Agosto de 2006.
É na área das florestas que está a maior derrapagem. Em 2010 Portugal deveria ter 600 mil hectares de novas áreas arborizadas, mas espera-se um desvio de 18 por cento em relação a esta meta. Este desvio implica mais 930 quilo-toneladas de CO2 na atmosfera, porque sem árvores não se aplica a função de sumidouro, contemplada no protocolo de Quioto.
Entretanto, o programa “Água quente solar para Portugal”, que prevê a instalação e o funcionamento de 1 milhão de metros quadrados de colectores solares em 2010, não está a ser cumprido. Em 2004 foram criados 16 mil metros quadrados, mesmo assim mais do que os 9200 de 2003. Assim, o desvio esperado em relação à meta de 2010 é de menos 50 por cento de colectores solares, o que implica um impacto nas emissões de mais 140 quilo-toneladas de CO2 por ano.
Também com atraso está o “Programa de incentivo ao abate de veículos em fim de vida”. Entre o ano 2000 e 2004 foram para abate 137.500 carros velhos, muito menos do que seria expectável o que leva o governo a admitir um desvio de 80 por cento da meta para 2010.