A décima segunda conferência internacional do clima que hoje começa na cidade de Nairobi, no Quénia, deve reforçar os esforços na luta contra o aquecimento global, um fenómeno que ameaça a humanidade e a economia mundial.
Pela primeira vez os trabalhos desta conferência decorrem num país da África Sub-Sariana, uma região muito vulnerável às consequências do aquecimento do planeta Terra e que não tem meios para combater esta “verdade inconveniente”, de que as condições climáticas da biosfera estão a mudar, de forma rápida, por via da acção do homem.
Como no ano passado em Montreal, a cimeira de Nairobi abriga a reunião da CNUAC (Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas), assinada por 189 países dos 192 estados membros das Nações Unidas. Por outro lado, Nairobi também recebe a segunda reunião das partes do Protocolo de Quioto, ratificado por 156 países, mas abandonada pelos Estados Unidos e pela Austrália.
O protocolo de Quioto obriga a que 35 países industrializados (os chamados países do Anexo I), que representam 1/3 das emissões mundiais, reduzam até 2012 5 por cento das suas emissões de gases de efeito de estufa, essencialmente ligados à combustão de energias fósseis como o gás, petróleo e carvão.